Olá pessoal este post é originado em um e-mail que respondi a uma colega da UFRGS e achei que deveria compartilhar estas percepções aqui! Os termos em questão são: Tecnologias de Rede - TR e Tecnologias Digitais de Rede - TDR.
Thu, 29 Mar 2012 14:05:06 -0300Venho utilizando o seu conceito de TR e surgiu uma pequena dúvida. Venho trabalhando com o conceito de TDR e fiquei em dúvida quanto a importância/necessidade de inserir a palavra DIGITAL. A dúvida que fiquei é se "Existe alguma tecnologia de rede que não seja digital?". Há a necessidade de trabalhar com o conceito de TDR ou as TR dão conta já que quero focar nos seguintes dispositivos: desktops, notebooks, netbooks, tablets e celulares.
Bueno, eu trabalhei na tese com o conceito de TR, fazendo uma clara referência às tecnologias que tem, em sua essência, a dimensão hipertextual das redes. Veja que o hipertexto dá conta de compreender a dinâmica da comunicação, que é veículo da inteligência (por isto poderíamos tb utilizar tecnologias da inteligência) e que esta comunicação existe a muito tempo, obedecendo é claro o tempo natural das estratégias/tecnologias/meios utilizados e criados para tal, passando pela oralidade, pela escrita, pela informática e finalmente pela rede - veja que somente as duas últimas estão no campo das digitais.
Assim, partindo do princípio de que a referência que faço à rede tem ênfase no processo comunicativo possibilitado/estabelecido/potencializado e não à tecnologia em si, não poderíamos vincular rigidamente toda tecnologia de rede como digital, embora eu deixe claro que estou me referindo às tecnologias digitais. Veja que, de certa forma e guardadas as devidas proporções, o livro é uma tecnologia de comunicação, mas que não é digital. Claro que não se compara à flexibilidade, à agilidade, à capacidade de transformação e de apresentação das informações, à conexão instantânea entre todos os que, de alguma forma estejam em contato com seu conteúdo, etc, etc.
Mas veja que não estou dizendo que as as tecnologias de base digital são melhores ou piores do que as de base analógica ou atômica. Estou enfatizando tão somente que elas são diferentes. Tudo o que eu quero ao ler um livro, é (claro) ler um livro. Não desejo navegar, nem me teleportar ao sabor de hiperlinks no seu anterior (que existem em formato de notas de rodapé, referências a outros autores, etc, etc.). Da mesma forma, quando navego em um mar formado por bit, td o que eu NÃO quero é ler um livro, mas me perder no emaranhado de códigos, formatos, sensações e caminhos.
Assim, penso que utilizar o termo TDR te poupará de definir quais tecnologias de rede estás tratando.
Bem qualquer coisa, prenda o grito!
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