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Para jogar futebol basta que se tenha um campo e uma bola! Será?

Coluna de julho de 2014!
Revista Somando!


Como não poderia deixar de ser, o assunto desta coluna é o futebol. E também tecnologia, é claro! Sim, será falado aqui sobre a Copa do Mundo, afinal, somos o país do futebol sediando o maior campeonato do esporte mais popular - e mais amado - do mundo! Ah, e esqueci do mais importante: nosso técnico é passofundense! É impossível não falar sobre tudo isso, não é mesmo?
Claro que tenho meu posicionamento crítico sobre o gasto de 25,6 bilhões de dólares em um país com tantos problemas urgentes como o nosso, e é claro que não concordo com a política do Pão e Circo a qual somos submetidos historicamente. Mas vou procurar abstrair tudo isso e trazer algumas informações sobre como a tecnologia transforma este esporte que, muito embora possua registros que remontem à China antiga, na era moderna começou mesmo falando inglês!





Começamos com o gol da França contra Honduras, que foi validado pela tecnologia. Pela primeira vez, em 84 anos de Mundiais, um recurso tecnológico definiu um gol. Claro que há um custo considerável para isso - U$ 257.000,00 por estádio -, afinal são 14 câmeras de alta velocidade distribuídas entre as duas goleiras. Todas as câmeras são conectadas a computadores que fazem um mapeamento em 3 dimensões da bola e analisam 500 imagens por segundo. Para compararmos, o olho humano é capaz de perceber uma média de 16 imagens por segundo! Foi também a tecnologia que ampliou a repercussão produzida pela dança da mascote do campeonato, o Fuleco, que imitou o goleiro Kidiaba em pleno Beira Rio - veja em http://goo.gl/zzf4IQ.
Também vale destacar a existência dos aplicativos para dispositivos móveis - conhecidos como apps -, que possibilitam às pessoas acompanhar o desempenho das seleções nacionais, assistir a vídeos sobre o evento, bem como acompanhar a transmissão ao vivo de todos os jogos a partir de qualquer lugar onde se tenha acesso à internet. Um dos exemplos de aplicativos criados especialmente para o evento é o “SporTV Ao Vivo na Copa do Mundo”.
A bem da verdade, a tecnologia faz com que a grande maioria das pessoas - contrárias ou não à copa -, mesmo aquelas que não são muito ligadas ao futebol acabem, de alguma forma, sabendo o que se passa dentro dos estádios. Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), estima-se que, desde o início da copa, mais de 7 milhões de fotos tenham sido enviadas via telefonia celular. O Google também faz sua parte. Ao se digitar “jogo copa” no campo de procura do mecanismo de busca mais utilizado do mundo, automaticamente se tem acesso à tabela atualizada e detalhada dos jogos, organizada por equipes, número de vitórias, gols marcados e etc.
Gostemos ou não da ideia de uma copa bilionária no Brasil, não podemos negar que o futebol é um espetáculo, aqui e em qualquer lugar do planeta. Uma busca pelo termo “Copa do mundo 2014”, por exemplo, retorna 34.500.000 de páginas que tratam do assunto, já se a busca for por “world cup 2014”, são 768.000.000 de páginas. Assim, vamos analisar a copa como uma oportunidade de celebrar o esporte e a união entre as nações, mas depois de 13 de julho vamos implementar a política do Remédio e Escola, o que acham?



Adriano Canabarro Teixeira
Doutor em Informática Aplicada em Educação, pós-doutor em Educação, professor e pesquisador do Curso de Ciência da Computação e dos cursos de Mestrado e Doutorado em Educação da UPF.
Contato: teixeira@upf.br

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